Uma Análise do Mercado de Capital de Risco Português: Saídas Parciais Versus Saídas Totais

Félix, E., J. Esperança, M. Gulamhussen, C. Pires , (2009) , "Uma Análise do Mercado de Capital de Risco Português: Saídas Parciais Versus Saídas Totais" , 2009/05 , 29 .
Autor(es) CEFAGE
Elisabete Gomes Santana Félix
Cesaltina Maria Pacheco Pires
Resumo

Este artigo analisa as saídas de investimentos de capital de risco em Portugal, abordando a relação existente entre as formas de saída e a assimetria de informação a elas associadas. A hipótese central é a de que a ocorrência de saídas parciais está associada à sinalização da qualidade do investimento e à redução do grau de assimetria.
Os dados resultaram de um estudo elaborado pelas empresas Small Business Investment, S.A. e Price WaterHouse Coopers, para a APCRI, mediante questionário enviado às empresas de capital de risco residentes em Portugal.
Utilizaram-se modelos Logit, nos quais a variável dependente é uma dummy que indica se ocorreu uma saída parcial e as variáveis independentes são: uma dummy que indica se o investimento foi do tipo arranque; uma dummy que indica se o investimento foi do tipo expansão; uma dummy que indica se o investimento foi do tipo late stage; uma dummy que indica se o investimento foi do tipo high-tech; uma dummy que indica se a saída foi do tipo aquisição; uma dummy que indica se a saída foi do tipo IPO; uma dummy que indica se a saída foi do tipo write-off; e, uma dummy que indica se a saída foi do tipo trade sale.
Concluímos que no caso de IPO, investimentos do tipo expansão e para investimentos do tipo high-tech existe maior probabilidade de ocorrência de saídas parciais, enquanto que no caso de saídas sobre a forma de aquisições existe uma maior probabilidade de saída total. Por fim, concluímos que quanto maior for a duração menor é a probabilidade de ocorrer saída parcial.

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